quinta-feira, outubro 15, 2009

querida professora,

hoje é o seu dia, e como todo dia comercial numa sociedade capitalista e descartalizante (parece que começo com discurso panfletário, não é?), parece ser apenas uma forma de se vender alguma pequena bugiganga bem baratinha (igual ao valor que tua profissão recebe na nossa terrinha brasilis), ou, menos ainda, apenas pra se ter mais um feriado no calendário, um prêmio de consolação. no dia supostamente dedicado a ti, recebes uma merecida folga, distância do ofício, que muitos repetem ser um "sacerdócio": o pároco que tem por prêmio o amor divino, a misericórdia, o serviço ao supremo, mas nem somos sustentados pela "santa madre igreja católica", muito menos recebemos tantos dízimos que sustentam tantos pastores das mais várias seitas mundo afora.
eu, como premiada duas vezes, autônoma, não tenho nem a folga que me caberia neste dia. e nem me faz muita diferença. preferia que mais gente pensasse de verdade no sentido deste ofício, nas trocas, nas escolhas, nos laços e na responsabilidade. não tenho muitos freios na língua, embora escolha deverasmente as palavras (mas por respeito a elas e por imersão esteta na veia da literatura), somente reivindico essa integridade. dá licença, deixem a querida professora exercer-se à vera, como sói aos que têm fígado e intestino com escrúpulos e caráter.
obrigada.
e um bom dia, seja ele qual for, a todos nós.

3 comentários:

AMARela Cavalcanti disse...

ganhasse alguma maçã hj???
kkkkkkkkkk
mais uma vez, parabéns!
tu merece carregar esse título de professora, e isso poucos conseguem.

bjin, amorinhaaaa!

Unknown disse...

UFA!
enfim, consegui deixar meu reconhecimento aqui.desde o grande dia que tento, mas a tecnologia sempre está em descompasso comigo!Mas, é isso, parabéns por exercer essa profissão com tanta dedicação, e que é tão essencial ao ser humano, mas , ao mesmo tempo, tão desvalorizada.

beijins

lagarta disse...

minhas flores, as maçãs que ganho todo dia são o alento de encontrar figuras como vocês, árvores frutíferas cujas raízes se fincam e transcendem...
beijos e aobrigada.