num poço fundo e pardacento de lama, nada da poesia de alice, nada de coelho branquinho atrasado, nada de lógica matemática. queda vertiginosa em chão ao mesmo tempo que fétido e lamacento, duro como rocha cortante, mineral lâmina. esfolado o corpo na queda, nem tempo de limpar as feridas, nem como até, segue-se o sangue mixado de dejetos, e a carne que se putrefaça em festa. água há em abundância além, até demais, no chuveiro que estoura e repõe a lida na ordem do dia. tarefas de lavar, passar, varrer, cuidar, consertar...
o taurino espírito se contrai, relembra as marcas de um passado longe mas à flor da pele e se contorce, querendo ser touro em chifre, músculos e carne, num pasto livre em que reina, pra meter os cornos e dar a quem merece o retorno violento merecido pelas aviltâncias desse tal ente, e agravante mais: o ente agride a própria cria. que mereceria tal estrupício, se não um corno de touro indomável pelo ventre, rasgando-lhe entranhas?
e me perguntam: em quem confias, então? só em mim, única resposta prudente. sei que há uns pouquíssimos outros, muito poucos.
e sigo na paciência impaciente de uma situação de impotência, e lendo/observando/constatando os energúmenos e egocentrados discursos alheios, tão cheios de si que não enxergam o tanto do próprio ridículo ao se colocarem de vítima todo o tempo, escondendo-se sob a máscara de muita segurança, muita verdade lavrada em cartório e uma suposta beleza inquestionável, que a mim nem um pouco encanta...
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