dear friend,
mais comum seria escrever-te em francês, se escolhesse uma estrangeira língua, mas Escher, o Mauritz Cornelius, me lembra Momus, o amigo caolho de músicas com letras incrivelmente barrocas na construção esmerada dos jogos de palavras... e Momus se constrói em inglês, eis o óbvio da sinapse.
queria dividir contigo essa imagem. queria te por a par de algo que ilustra a surrealista representação icônica de muito do que povoa meus pensamentos. imagens desconexas? ou uma cartesiana lógica, apenas pouco íntima de um conjunto de domínio público comum em larga escala? mas sempre fui da banda marginal, das exceções, que não gostam de excessos, ou só daqueles que tangem as raízes de um baobá pro fundo líquido e certo do chão.
o céu da cidade, querida amiga, permanece muito azul, alaranjando-se nos finais de tarde, na hora do chien-loup, minha preferida, do canto das jandaias em comboio, do nascer de luinhas no firmamento. e eu, no céu da boca, permaneço com aftas, que são úlceras e dizem da difícil digestão da lida diária. mas também, continuo demente, "funny lady", like the cat, of wonderland.
anéis de fumaça a ti. beijos ternos,
viajante e estrangeira.
(para Juana)
Um comentário:
Acho que também faço parte das exceções...Quse sempre estou em desacordo com as modas, não sigo as multidões, mas vivo...do meu jeito, mas simples possível, pensando e des-pensando em tudo!
xêro, flor!
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