ô expressão infeliz, a que aderimos sem nem sentir. quanta paranoia e loucura gira em torno de tudo: qualquer afeto, qualquer aproximação que mais quer expandir o bumerangue das melhores proliferações pode se tornar o que nos fere. e somos obrigados até a fingir que somos algo além, e eu me recuso a não ser o que sou, se assim me forjei em amor e compreensão: o que me salvou. apesar de todas as pedras e ladeiras forçadas abaixo, permanecerei respeitando a privacidade e a dor alheia. ah, meu querido personagem confidente, podes me testar em oráculo e providência e destino e fardo e fato e lenda e sina e sorte, ou como mais de sinônimos se faça o que me cala e o que me imanta a alimentar a alma de poesia - que um dia nos redimirá e forjará o mínimo da resistência necessária para que o mundo seja de fato cão, no melhor sentido: o de cão, não o de gente (que se projeta nas merdas que inventa como códigos de boa conduta, normalidades repressoras e falso-moralistas).
(ao último dos felinos que resgatei de pés humanos assassinos, e a todos aqueles que regulam o amor alheio e suas formas de existir, e a todos aqueles que nos querem fazendo o que eles próprios fazem e não o que nossa mais funda natureza nos sopra... desejo não apenas um mundo cão, e sim um mundo animal, menos humano, por dEUS).
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2 comentários:
E não viver tornou-se a regra no mundo do não sentir, do não dizer e do não querer. Às vezes, quando respiro, rebelo-me e digo e quero tudo ao seu contrário. Sentir, mesmo quando nada parece ter sentido e justamente aí, permito-me.
Beijos.
graças a dEUS (esse assim como o grafo, cujo sentido se faz nessa hora de assim se vestir nas letras). Vamos ao mundo que nos religa ao respiro, querida, assim a gente mantém vivo o que deve estar... Mais beijos.
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