um almoço luxuoso, palavras de Raminho... comemos o já quase famoso "curupira", ou pirão de cozido feito magistralmente pela minha genitora. casa cheia, todos lá. muitas fotos muito antigas, de quando eu comecei a ter "janelas na boca", banguela (quem sabe na outra ponta da vida estarei de novo assim...), de quando era criança bailarina com a cunhada (e nem imaginávamos tudo que viria), de Lelo aprendendo a vitória régia (planta nome de professora), de Rafa sempre meu cúmplice...
um dia de rever passado em preto e branco cristalizado pelo foco do pai, de cabeça branca e sorriso de todos juntos, a beleza serena do rosto da mãe nas fotografias, a cerveja e a comida sem pressa. o pudim de leite que é uma reza, mais ainda com o café recém coado. a mãe lambendo-nos, as crias todas.
amém ao ampulheto: atravessadas a nado tantas tormentas familiares, permanecemos com laços sadios, conscientes dos joelhos ralados e vãos, mas em estado de possível festa: prosaica e, por isso mesmo, luxuosa.
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