segunda-feira, fevereiro 08, 2010

um jogo


"o romance é um jogo. eu sempre advirto que a palavra romance, na capa de um livro, significa fábula", a lucidez de apontar as máscaras e de examinar a realidade à volta, sem papas (literalmente) na língua, sem medo de hagiologias, um jornalista que soube ser escritor crítico e fabulista, lúdico e historiador de avessos: Tomás Eloy Martinez, que descanonizou a santa Evita, na santíssima trindade da iconoclastia portenha, junto a Néstor Perlongher e a Copi.
Vai-se Tomás, mas deixa-nos a brincadeira com as cobertas e descobertas da ficção.

Foi-se, também, aquele que dizia: "não comento autores, comento livros", como a atestar a necessária independência entre homem/obra, para que caiba ao discurso crítico a lucidez de separar afetos pessoais, melindres, medusas e literatura... Wilson Martins, autor (entre outros) da História da Inteligência Brasileira (7 volumes).

2 comentários:

aeronauta disse...

Como esquecer o autor de "A mão do amo"? Carmona, personagem eterno na minha vida.
Bjos!

lagarta disse...

Muito bom, toda vez que aqui visitas. Beijos!