terça-feira, fevereiro 09, 2010
sobre o Estado coercitivo, a liberdade na corda bamba e as crianças ilimitadas
me pergunto tantas vezes sempre, quando vejo aquelas deploráveis cenas cotidianas de adultos (pais ou parentes de qualquer natureza, sobretudo) que atestam, em cena e verbalmente, não "poderem com certa criança"! e se daí não vem o indispensável, de onde, Jeová nos céus, virá??? e seguimos mais e mais a lógica da transmissão de esmagamento, a cada degrau, mesmo imaginário, que um indíviduo julga galgar (mesmo quando ele nem sabe o real significado disso)... e vem a lógica do capataz, tão velha conhecida nossa, quase algo que nossos vereadores deveriam patentear, em tempos nos quais a moda política de "mostrar serviço" é criar projetos de lei para patentear patrimônios imateriais (cachaça, rapadura, frevo), e ninguém lembra do descaráter nacional? cadê Macunaíma que não se associa a Policarpo Quaresma, o corrompe e lança uma franquia de burladores oficiais da lógica coercitiva do Estado, que é aliás empreitada das mais fáceis, considerando-se que, se algo de tal lógica sobrevive, é apenas nas aparências.
como a tão necessária e esperada "lei do silêncio", ou coisa que o valha, que tenta coibir o mau gosto alheio de se impor enlouquecedoramente a todos, sobretudo com a facilidade física de propagação do som (como são perversas as leis da natureza, não?) e fazem a ostentação das potências de caixas de som de casas e automóveis invadirem espaços e ouvidos alheios?
que tal também uma campanha de otorrinolaringologistas (adoro o palavrão) distribuindo aparelhos para deficientes auditivos a quem não tem nenhuma deficiência (ainda, auditiva; só cerebral e na educação do gosto musical e estético) para que se consiga, de fato, que o aumento do som no local de "captação do dejeto sonoro" (para que fique beeem claro, o ouvido de quem põe e repete mil vezes a mesma infâmia sonora a toda altura) seja tão amplificado, que o volume final resulte de fato diminuído... afinal, o disque denúncia quase nunca funciona, pelas tantas razões da hipócrita "lei da boa vizinhança" ou do excesso de tráfego e de funções do Estado coercitivo, mesmo que delas ele nunca dê conta...
Restam-nos Mafalda e Quino, para o resguardar do humor, mesmo na situação adversa...
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