dedicado o dia a lembrar uma criatura ímpar,
que fez da sua casa acolhimento, de pinceladas, de passos iniciantes, de ícaros em princípio de voo. abrigo de mim mesma, menina. tão engraçado, como nos adorávamos; nos frequentávamos; nos queríamos perto. eu, muito menina, desde sempre, gostava de frequentá-la, e ela, já senhora, de me ouvir. me levava pra almoçar e passar toda a tarde inteira com ela, lendo juntas, regando plantas do jardinzinho tão lindo, naquela casa que cheirava aos jasmineiros que percorriam a lateral de entrada do bequinho em que vivia, encantada em um bosquezinho colorido tão dela. foi uma amiga, uma avózinha reconhecida e escolhida. na casa dela, tantos primeiros eventos: o primeiro porre despressentido do irmãozinho mais novo, os encontros e reencontros com pessoas queridas, as conversas noite adentro, noitadas de criança e de mocinha, na rua do futuro, no número 25. endereço poético, que sempre vai povoar minhas melhores memórias.
querida amiga, tereza dourado: um beijo de saudade.
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