o céu laranja
na minha preferida hora
doura o quadro
da minha boca na tua
beijo
e amo duas mulheres
que habitam em mim
mas como conciliá-las
para que vivam em harmonia assim?
espelho da lua
na tela vazia
de uma rua que se bifurca em vias
traço o retrato
de o quanto em mim
descaibo
e amo duas mulheres
que habitam em mim
como dividir-me em corpos
e espaços
quando meus líquidos se espalham
e amo cada detalhe de cada uma delas em mim?
sou vasta e nenhum amor me basta?
sou múltipla e a unidade me castra?
sou louca e me bifurco em alas?
rompo-me as asas e voo na teimosia
de amar duas mulheres em mim
como cativas habitantes da minha polifonia
no céu se esvai a cor
que me fez surgir o devaneio
do beijo sem freio
da minha boca na tua
duas mulheres que são uma
o amor é quase sempre
uma viagem afora
para cair-se em si
e do mapa sem bússolas
miro-me no espelho
para perder-me de mim
na minha preferida hora
doura o quadro
da minha boca na tua
beijo
e amo duas mulheres
que habitam em mim
mas como conciliá-las
para que vivam em harmonia assim?
espelho da lua
na tela vazia
de uma rua que se bifurca em vias
traço o retrato
de o quanto em mim
descaibo
e amo duas mulheres
que habitam em mim
como dividir-me em corpos
e espaços
quando meus líquidos se espalham
e amo cada detalhe de cada uma delas em mim?
sou vasta e nenhum amor me basta?
sou múltipla e a unidade me castra?
sou louca e me bifurco em alas?
rompo-me as asas e voo na teimosia
de amar duas mulheres em mim
como cativas habitantes da minha polifonia
no céu se esvai a cor
que me fez surgir o devaneio
do beijo sem freio
da minha boca na tua
duas mulheres que são uma
o amor é quase sempre
uma viagem afora
para cair-se em si
e do mapa sem bússolas
miro-me no espelho
para perder-me de mim
Nenhum comentário:
Postar um comentário