sexta-feira, dezembro 11, 2009

em sentido

em galhos soltos
que do lastro se esgarçaram
prendo-me a outros braços
de rio revolto
caudalosas margens
numa amplidão de voo fundo
que se deixa conduzir
como deriva


e também oscilo
como fogo-fátuo
esperando
os vagalumes que me guiem
pois a muita luz me abunda
e ofusca o suave olfato
do que pisca leve
quase não soa
e abraça quente
como neve

2 comentários:

AMARela Cavalcanti disse...

"sonhei que o fogo gelou
sonhei que a neve fervia
e por sonhar o impossível, ai
sonhei que tu me querias..."

lembrei dessa parte da música quando li teu post. tão barroco isso, né?

beijos da espécie, amora minha!

lagarta disse...

é mesmo, amarelinha... o barrocou nos uniu, não é?
beijos.