eu tenho uma coisa que eu chamei de AVC, é assim: toda vez me explicam que AVC é coisa ruim que se tem e se fica com seqüelas, e o que eu tenho é mais pra uma espécie de afasia. mas eu resolvi chamar de AVC e pronto. e eu tambem explico: costumo trocar palavras. esqueço, no calor da hora de dizer alguma importante declaração, e me vem uma outra súbita sorrateira palavra (aparentemente nada a ver) no lugar da devida. por exemplo?
lá vai...
quando era hora de nascer meu segundo sobrinho, Rafael, o primeiro filho do meu irmão mais novo (ele próprio, Roberto, também uma espécie de filho meu; então eu era meio tia meio avó), Beto - como o chamo - me telefona primeiro que a todos e diz: - Galega, Rafa vai nascer! eu, prontamente, perguntei: - Em que elevador???!!! - Elevador?! meu irmão se espanta... - Espero que dê tempo de chegar à sala de parto do hospital! Rsrsrs - Vai ser no Esperança! Mais uma manifestação do meu AVC.
Hoje uma minha avó, de adoção e não de sangue, me relatava a chegada de viagem de duas filhas dela, cujo "navio enorme postergou postergou mas atracou!". traduzindo: o AVIÃO enorme atrasou atrasou, mas chegou!
laços de afetos eletivos, AVCs genéticos de uma idade muito avançada que guardo em mim, como já disse disso a tantos amigos, inclusive a uma já muito querida pessoa cronologicamente há pouco entrada em meu círculo vital (cujo nome não declino, por certas razões, mas que se reconhecerá, creio), quando ela me diz que devia ter trinta anos a menos, pra estar mais próxima da minha idade "oficial-aparente". eu contesto.
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