terça-feira, março 09, 2010

momento sarcasmo




por que nomeamos de amor esse tal sentimento que nos prende a alguém? e por que assim nos deixamos atar? as vezes penso que é mais uma espécie de atadura calcada em recalques (trocadilho infame, mas procedente) e que melhor seria curar-se no divã do analista. por mais despesa que se tenha com a sessão de psicanálise, acaba-se tudo ao pagar a conta. pior é no casamento, que acumulam-se contas de toda ordem, e ainda se encontra constante fonte de alimentação para que o tratamento analítico dure infinitamente.
como uma ladainha...
e constrói-se o clã familiar sobre esta mesma ladainha, reproduzindo-se como peste o mesmo discurso, as mesmas impressões que se cristalizaram sobre alguém. se lhe coube o rótulo de filho dileto, responsável ou ordeiro, admirável etc, aproveite-o: é como um tíquete premiado de loteria.
mas se você tiver sido "diagnosticado" como "desviado", por mais que se converta no bombeiro de plantão para todo e qualquer tipo de incêndio familiar, para qualquer um dos membros, a sentença é ser sempre criticado. mesmo que as pessoas continuem recorrendo a você, nada é mérito, apenas a mera obrigação. e não demore a cumpri-la!
viva os animais, ditos irracionais, que fazem sexo, procriam (quase nunca em uma superpopulação tão danosa ao meio quanto os humanos) e nunca tiveram entre eles relatos da dita "civilização"...

Imagem de:http://www.graphitelight.hu/

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