sexta-feira, março 12, 2010

extremidades




as maõs, uma primeira devoção. a forma suave de chegar ao machucado sem assustar ainda mais o pequeno pássaro acuado embaixo da mesa, trêmulo como se ardendo em febre; desassistido e ainda incapaz de absoluta independência, na hostil natureza para um órfão tão infante.

assim, o bálsamo. assim, o diminuto aprendizado da exceção. assim, a doçura da reza, da bênção, do afago.

assim, o laço.

imagem: atuleirus.weblog.com.pt/arquivo/maos.jpg

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