sábado, maio 12, 2007
da série: imaginâncias de residir I
um sempre gosto que se renova em mim é retornar de qualquer lugar visitado, suficientemente humano para tanto, onde eu tenha exercido a simples atividade de caminhar. sim, ir a qualquer destino que se queira, do trabalho ao passeio despressentido, com meu mais arcaico meio de transporte: as pernas. não preciso nem da posse de uma bicicleta (embora também seja esta uma forma de locomoção que me encanta), apenas mover-me pelas ruas até onde tenha por objetivo chegar, ou até onde a errância e as atrações fortuitas do flâneur me levem. sem olhar para todos os lados, sem medir o que levar nos bolsos ou na bolsa, sem imaginar a tensão de gato de rua, desconfiando da própria cauda ou sombra. eis a primeira saudade que sinto da cidade onde nasci e na qual nem me lembro mais de um dia ter vivido assim...
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