domingo, maio 13, 2007

da série: coisas que piscam

o reluzir de um detalhe, no mais das vezes, devia ser sol para as pessoas. mas cansa falar a potes de ecos. palavras que viram bumerangue, retórica, excesso de falar. e na eloqüência de um silêncio, parece que o efeito é o mesmo: em excesso e em absoluta falta, incompreensão.
aí, vem um cansaço de recorrências... bem preferia o piscar de vagalume, aquela continha vagabunda esquecida embaixo da poltrona, empoeirada e inútil, achando no preciso olhar de criança atenta a dimensão cabida.
o mundo das pequenas gentilezas e percepções é um mundo à parte, no qual não cabe a dinâmica das relações humanas. no máximo, uma coincidência momentânea que resulta em um risinho de canto de lábio. ou na aparente delicadeza, mecânica, de dizer-se saúde a um espirro.

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