quarta-feira, julho 29, 2009

passarinha

vida despregada
de seus matizes
despluma sua
embriaguez

como prisioneira
no papel

verte a noite
num espelho
opaco

raiz que é
em si precipício
e funambula
na bamba linha
da beira do asfalto

ave de verso
recolhe-se
de seu destino
a cada todo dia

ave que sorve
o corpo do sonho

e grita num mudo
instante
de uma mirada

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