água de colônia
patuá
uma mandinga vou fazer
pro teu cheiro me marcar
feito ferro
brasa em brasa
no meu corpo te traçar
fazer um incenso do teu cheiro
no meu pensamento
cada vez que te evocar
feito
brasa em brasa
a ferro
no teu corpo me traçar
pelas narinas me vêm
tua imagem e teu gosto
porque teu cheiro é tanto
e ainda tão pouco
com águas de cheiro
batizo teu gosto
te cubro o colo
com o suor do meu rosto
brasa em brasa
um batismo de lavanda
feito ferro
no meu corpo
teu nome vou gravar
com linhas de perfume
pra te seguir e me achar
segunda-feira, junho 22, 2009
segunda-feira, junho 15, 2009
prisma
o lilás dos teus olhos
foi luz de que sempre
me alimentei
além desse porto
o que rescendia a lavanda
me era inaudito incômodo
nunca pensei os porquês
logo a mim tão caros
pela frequência das visitas
e um dia
pelo avesso vi
que a lavanda luminosa
dos teus pórticos
me era a saudade
lembrada como ponta
de faca
foi luz de que sempre
me alimentei
além desse porto
o que rescendia a lavanda
me era inaudito incômodo
nunca pensei os porquês
logo a mim tão caros
pela frequência das visitas
e um dia
pelo avesso vi
que a lavanda luminosa
dos teus pórticos
me era a saudade
lembrada como ponta
de faca
exercícios de memória
redesenhar as linhas
as covas e montes
do teu rosto
para lembrar tua boca
e meus aprendizados
perguntar encavado fundo
em meus ouvidos
lá de dentro
onde nasceu assim
conseguir ainda te escutar
tão límpidas as palavras
- não se deve esperar do outro
o que ele não pode dar.
- mas não se deve dar além de si
ao outro
fazer-se tatame de opulências
leito de riscos
deve-se aprender o desapego
de si mesmo
no molde de não se ver
leite derramado
(se aprendi ao certo
não sei,
completo-me
com o que sinto
e persigo)
as covas e montes
do teu rosto
para lembrar tua boca
e meus aprendizados
perguntar encavado fundo
em meus ouvidos
lá de dentro
onde nasceu assim
conseguir ainda te escutar
tão límpidas as palavras
- não se deve esperar do outro
o que ele não pode dar.
- mas não se deve dar além de si
ao outro
fazer-se tatame de opulências
leito de riscos
deve-se aprender o desapego
de si mesmo
no molde de não se ver
leite derramado
(se aprendi ao certo
não sei,
completo-me
com o que sinto
e persigo)
exumando sentidos
água de lavanda exala
do teu corpo
limpo
e me arranca
do conforto de máscara
em que eu me tinha
escondido
meus dedos precisos
então
a lembrar-me
dos teus cabelos
desalinho meus rosários
e as guias da minha benvinda
desamarro o tempo
sigo sozinha
do teu corpo
limpo
e me arranca
do conforto de máscara
em que eu me tinha
escondido
meus dedos precisos
então
a lembrar-me
dos teus cabelos
desalinho meus rosários
e as guias da minha benvinda
desamarro o tempo
sigo sozinha
Assinar:
Postagens (Atom)